Especialistas sugerem cautela, dado que essa é uma das primeiras vezes que o mercado cripto apresenta fortes correções majoritariamente por questões macro, e não pelos fundamentos da tecnologia cripto.
O mercado de criptomoedas vem apresentando fortes quedas, puxado pelo Bitcoin (BTC), devido a fatores macroeconômicos. A decisão de aumentar a taxa de juros dos Estados Unidos, feita pelo Federal Reserve, Banco Central americano, na semana passada, vem derrubando a maioria dos ativos considerados de risco.
Entretanto, como já ouvido por especialistas no Crypto Times, essa é uma das primeiras vezes que o mercado cripto apresenta fortes correções majoritariamente por questões macro, e não pelos fundamentos da tecnologia cripto.
Por isso, a questão entre os investidores é se essa é a melhor hora para comprar a criptomoeda “no fundo”, e “encher a mão”, ou se essa não é a melhor estratégia.
Para Luiz Pedro Andrade, analista chefe de criptoativos da Nord Research, esse é um momento para realizar compras parciais, mas não montar grandes posições. Em sua opinião, “o fundo ainda não chegou”.
“Estamos em um cenário macro bem desfavorável, lockdown e o cenário de guerra na Rússia. Além disso, existe o cenário de juros altos no mundo inteiro, e principalmente nos Estados Unidos”, explica.
Andrade comenta que o mais impactante nos Estados Unidos, além do aumento de 0,5 ponto, é a postura adotada pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicando que ainda haverá mais medidas nesse sentido.
“Em todas as reuniões deste ano, ainda veremos uma alta de juros dessa magnitude, ou similar.”
No cenário de cripto, o analista comenta sobre a rede Terra (LUNA). Em sua opinião, a equipe ainda pode liquidar a posição deles em Bitcoin a fim de manter o lastro de sua stablecoin.
Recentemente, a Luna Foundation fez compras de bitcoins como mecanismo de defesa para manter o lastro de sua stablecoin descentralizada nativa, a UST.
“Eu vejo um movimento negativo no curto prazo; se for para comprar, a melhor escolha seria fazer compras parciais, e não montar grandes posições”, finaliza.
O “FUD” das baleias é o “FOMO” das sardinhas
Rafael Pugliesi, especialista em finanças comportamentais com especialização pelo MIT, diz que comprar ativos de valor demanda constância e tempo.
“Porém, o comportamento humano pode gerar ciclos que vão desde a extrema euforia [FOMO na sigla em inglês] até o pânico [FUD na sigla em inglês], ocasionando anomalias e oportunidades para os investidores mais preparados. Eu considero o Bitcoin um ativo de valor e acho que o ciclo atual gera oportunidades”, finaliza.
Fonte: MoneyTimes
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