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Foto do escritorFrancisco Macedo

Bitcoin freia sob temor de despejo bilionário

Investidores de criptomoedas temem que US$ 3,6 bilhões em Bitcoin apreendidos pelas autoridades dos EUA sejam despejados no mercado em breve.



O rali do Bitcoin (BTC) começou a perder força ao esbarrar em uma área de resistência (muita intenção de venda) na faixa dos US$ 44 mil a US$ 45 mil. Após atingir quase US$ 46 mil na madrugada de ontem, a criptomoeda recuou e é negociada na manhã de hoje a US$ 43.443,28.


A queda está ligada ao temor de que os US$ 3,6 bilhões em Bitcoin provenientes do hack na corretora Bitfinex apreendidos por autoridades dos Estados Unidos sejam despejados a qualquer momento. A exchange já comunicou que irá devolver parte dos ativos interceptados no ataque de 2016.


O Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos apreendeu os US$ 3,6 bilhões em Bitcoin (BTC) na terça-feira (7). Cerca de 120.000 BTC foram roubados no ataque hacker à Bitfinex em 2016, avaliados na época em cerca de US$ 60 milhões, quase um sexto do volume total de negociações.


A preços de hoje, a quantidade total de bitcoins roubados vale US$ 4,5 bilhões, mas o DOJ apreendeu apenas cerca de 94.000 BTC, calculados em US$ 3,6 bilhões. Em nota, a vice-procuradora-geral Lisa Monaco disse que foi “a maior apreensão financeira do departamento de todos os tempos”.


Segundo analistas ouvidos pelo InfoMoney CoinDesk, a criptomoeda está sob novo risco iminente de queda, com o possível alvo na região dos US$ 40 mil. Se o Bitcoin perder esse nível, poderá buscar novamente o suporte (zona com muita intenção de compra) dos US$ 35 mil.


A partir daí, a criptomoeda poderá voltar a subir, o que marcaria os preços de US$ 40 mil e US$ 35 mil como possíveis pontos de entrada para investidores que perderam a alta de cerca de 30% dos últimos dias.


Entre os motivos da alta esteve principalmente a volta do apetite institucional, com grandes investidores considerando o nível de US$ 35 mil como um preço atrativo para voltar a acumular BTC. Nesta semana, a alta também foi impulsionada pela notícia de que a KPMG adquiriu criptomoedas como estratégia de tesouraria.


Hoje, pelo mesmo motivo que o Bitcoin recua, o token UNUS SED LEO (LEO) dispara mais de 50%. Este ativo foi emitido pela Bitfinex e será usado para ressarcir vítimas do hack de 2016. A exchange afirmou que irá utilizar o BTC devolvido por autoridades para comprar o token LEO no mercado e enviar para os clientes afetados.


Outro destaque entre as altcoins é a Tezos (XTZ), rival do Ethereum (ETH) que vem sendo mais utilizada para criação de NFTs. Além disso, investidores têm a expectativa de que o projeto blockchain anunciará a qualquer momento um acordo de patrocínio com o clube inglês Manchester United, de Cristiano Ronaldo.


Demais altcoins, incluindo as de maior valor de mercado, seguem próximas da estabilidade, com exceção da Binance Coin (BNB), que cede 2,8% nas últimas 24 horas.


Quem se mexe também são os desenvolvedores da criptomoeda meme Shiba Inu (SHIB). Com alta acumulada de 44% na semana, o projeto acaba de anunciar sua entrada no metaverso com a oferta de terras virtuais.


Fonte: InfoMoney

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