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Foto do escritorFrancisco Macedo

Bitcoin ganha terreno com inflação dos EUA no radar

Bitcoin avança com expectativa de servir como refúgio para investidores que desejam fugir do dólar em meio a uma possível inflação recorde nos EUA.



O Bitcoin (BTC) voltou a ser negociado em terreno positivo após declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, de que a autoridade monetária olha com atenção o aumento da inflação. Segundo Powell, o Fed não irá medir esforços para combater a alta dos preços, apontando para um possível recorde do dado de inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos relativo ao mês de dezembro, que será divulgado hoje.


A notícia traria maior pressão para ativos de risco pela possível aceleração na subida dos juros, mas Powell diminuiu as expectativas de que a redução do balanço patrimonial do Fed possa ocorrer em breve. Além disso, investidores apostam na possibilidade de a criptomoeda enfim mostrar que pode servir como proteção contra a inflação, e saia ganhando com a entrada de novos usuários que buscam refúgio contra a desvalorização do dólar.


Nos últimos dois meses, o preço do Bitcoin experimentou alta volatilidade após a divulgação dos dados do CPI. Enquanto alguns traders e investidores de criptomoedas veem o BTC como um hedge contra a inflação, outros o consideram um ativo de risco, como as ações, que reagem à política monetária restritiva resultante da alta inflação.


O Bitcoin subiu 2,33% ontem logo após a fala de Powell, por volta das 13h, e atingiu brevemente os US$ 42.900. Desde então, esbarra na região dos US$ 43 mil, mas analistas apontam que o patamar de US$ 45 mil representa a maior resistência (região com muitas ordens de venda) no momento. A reação positiva ocorre em momento de alta correlação com o índice S&P500, estreitando relação que vinha caindo ao longo de 2021.


Alguns indicadores técnicos jogam a favor da criptomoeda. O fluxo de dormência ajustado pela entidade, indicador do padrão de gastos do mercado, caiu 40% nos últimos dois meses e já começa a apontar que o Bitcoin pode estar nos últimos estágios de uma tendência de baixa.


“O fluxo de dormência ajustado pela entidade atingiu recentemente o fundo do poço, mostrando uma redefinição completa da métrica. Esses eventos historicamente indicam o fundo cíclico”, disse a casa de análise Glassnode em um relatório publicado na segunda-feira.


A última vez que o indicador acendeu o sinal de fundo para o Bitcoin foi em em julho de 2021, quando a moeda digital iniciou um novo rali e culminou no topo histórico de US$ 69 mil em 10 de novembro. Também em julho do ano passado foi quando o Bitcoin atingiu um alto nível de correlação com o mercado de ações.


Por outro lado, o mercado também tem no radar um relatório sobre criptomoedas preparado por autoridades americanas que deve indicar com mais claridade os rumos da regulação do setor no país. Segundo Jerome Powell, o documento será publicado nas próximas semanas.


As altcoins, que acumulavam perdas de cerca de 20% em uma semana, acompanham o principal ativo digital do mercado e registram fortes ganhos nesta quarta-feira. Pelo menos 11 ativos sobem dois dígitos, com destaque para plataformas de contratos inteligentes rivais do Ethereum (ETH), como a Fantom (FTM), que avança 20% nas últimas 24 horas. Já Harmony (ONE), Celo (CELO) e Near (NEAR) ganham entre 10% e 15%.


Na ponta negativa estão apenas quatro criptomoedas, entre as 100 maiores do mercado, mas três delas vêm de uma semana de ganhos. A Chainlink (LINK), por exemplo, recua 2,5% hoje, mas ainda acumula alta de mais de 10% nos últimos sete dias.


Fonte: InfoMoney

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