Quem chega primeiro topa correr mais riscos em troca de um retorno potencial muito maior.
Você provavelmente já viu uma imagem similar a esta abaixo. Ela mostra o conceito da curva de adoção, em S, de uma nova tecnologia ou produto.
A curva em formato de sino é um reflexo da curva em S, mostrando o tamanho, ao longo do tempo, dos públicos que aderem a tal inovação. Malcolm Gladwell discute em seu livro “O Ponto da Virada” como, a partir de certo ponto, "abre-se a porteira" para a adoção em massa por novos usuários.
Quando pensamos no mercado de cripto, tomando, por exemplo, a adoção do bitcoin pelo varejo e, mais recentemente, pelo mercado institucional, podemos vislumbrar uma curva muito similar a essa.
Os inovadores e “early adopters” topam maior risco no início ao adotar algo até então desconhecido em troca de um retorno potencial muito maior do que o de quem chega no meio ou final da festa. Esse conceito pode ser extrapolado para vários subsegmentos de públicos que entram para o mercado de cripto.
Em 2021, acompanhamos uma entrada mais forte de agentes institucionais, como fundos de investimento, nesse espaço. Talvez, porém, um dos fatos que mais tenha chamado a atenção tenha sido a adoção em nível nacional por El Salvador.
O que para muitos pode ter parecido (e ainda soar como) loucura foi comemorado pela comunidade como um passo importante na adoção de criptoativos de forma ainda mais relevante. Agora, é curioso como aquilo que, inicialmente, parecia um fato isolado e apenas uma espécie de jogada de marketing de um país pequeno começa a se transformar em uma narrativa mais séria e ampla.
Nos últimos dias, a Fidelity Investments, companhia do mercado tradicional, que possui mais de US$ 4 trilhões (isso mesmo, trilhões) sob gestão, publicou um relatório em que afirma que os países que se anteciparem hoje para adquirir reservas de bitcoin estarão melhor posicionados para o futuro do que seus pares.
Se há uma verdade que eu aprendi sobre tecnologia e vi se repetir no mercado financeiro é que poucos topam ser os primeiros a adotar algo novo, mas ninguém quer ser o último. O argumento da Fidelity vai justamente nessa linha, incorporando um pouco da teoria dos jogos em seu raciocínio.
Fonte: Seu Dinheiro
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