Em sua carta anual para 2022, Jamie Dimon revelou preocupação com a crescente inflação do dólar americano e demais moedas ao redor do mundo.
Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, o maior banco de investimentos do mundo, publicou a sua carta anual para o ano de 2022, onde o executivo abordou uma opinião predominantemente pessimista em relação ao futuro dos mercados financeiros e do sistema bancário.
Um dos pontos de destaque do documento, é a preocupação de Dimon com a crescente inflação do dólar americano, bem como de demais moedas ao redor do mundo.
Somente nos últimos dois anos, foram-se criados mais dinheiro do que em 200 anos de história da nação dos Estados Unidos.
O ponto de inflexão para a impressão de dinheiro nos últimos anos foi 2008, após a crise imobiliária dos EUA, e em 2020, durante a pandemia.
Recentemente, o Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, elevou a taxa de juros em 0,25%, aliviando minimamente os efeitos da inflação.
Contudo, como destaca o economista Peter Schiff, conhecido por ter previsto a crise financeira de 2008, os EUA não podem elevar a taxa de juros o suficiente para conter a inflação, visto o endividamento sem precedentes do governo.
Rússia e Ucrânia
O CEO se mostrou preocupado com os conflitos ocorrendo no território ucraniano, que tem o potencial para desestruturar as cadeias de abastecimento global, especialmente relacionadas ao setor de commodities.
“Juntamente com a imprevisibilidade da própria guerra e a incerteza em torno das cadeias globais de fornecimento de commodities, isso cria uma situação potencialmente explosiva”, afirmou.
Analistas estão projetando estimativas de crescimento cerca de 50% menores para o continente europeu.
Setor bancário
Por fim, Dimon destaca os riscos competitivos que os bancos do sistema financeiro tradicional estão correndo em relação às fintechs e aos bancos digitais.
“A crescente competição entre bancos, bancos paralelos, FinTechs e grandes empresas de tecnologia está se intensificando e claramente contribuindo para a diminuição do papel dos bancos e empresas públicas nos Estados Unidos e no sistema financeiro global.”
Todos esses fatores criam um ambiente “sem precedentes” para o JPMorgan e para demais bancos tradicionais.
Bitcoin e criptoativos não foram citados pela carta de Jamie Dimon.
Fonte: Criptonizando
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