Novo levantamento da plataforma de soluções de pagamento Finder ouviu 33 especialistas sobre suas expectativas de preço para o BTC no curto, médio e longo prazos e o otimismo foi preponderante.
Um estudo sazonal realizado pela plataforma de soluções de pagamento Finder ouviu 33 especialistas em fintechs para quantificar medir suas expectativas sobre o desempenho do Bitcoin (BTC) deste ano até 2030. Realizado em janeiro deste ano, o estudo sugere que o BTC pode chegar a US$ 93.717 em 2022.
Este é o preço médio calculado a partir das estimativas individuais dos 33 participantes do estudo, que variou em uma faixa entre US$ 60.000 até 220.000. No entanto, este valor não deve se manter até o final do ano. A previsão é de que o BTC feche 2022 cotado a US$ 76.360, de acordo com o estudo.
Apesar de o Bitcoin ainda estar se recuperando de uma queda que o arrastou a 50% abaixo de sua máxima histórica em 22 de janeiro, um fechamento na faixa de US$ 76.000 ficaria aproximadamente 60% acima do preço que o BTC registrava no começo de janeiro.
Taxas de juros
Os especialistas também foram questionados sobre os efeitos que o antecipado aumento da taxa de juros da economia norte-americana por parte do Banco Central dos EUA pode vir a ter sobre o Bitcoin ao longo desse ano. Metade dos entrevistados respondeu que o impacto de um provável aumento dos juros será nulo e não corresponderá a uma depreciação do preço do Bitcoin.
Segundo o CEO do Panxora Group, Gavin Smith, o aumento da taxa de juros deve ter um impacto apenas sazonal sobre o preço do Bitcoin, graças a um outro fator macreconômico em tese favorável ao criptoativo:
"À medida que a inflação continua a subir, esperamos que o Bitcoin se distancie dos outros ativos de risco no segundo semestre de 2022, levando a um rali para novos picos no final do ano.”
Em oposição, 19% afirmaram que o impacto de um aumento dos juros será prejudicial ao preço do Bitcoin, e 31% não souberam opinar.
O estudo também quis saber qual a atitude preferencial dos especialistas no atual momento de incerteza do mercado. Aqueles favoráveis às compras superaram em mais de seis vezes os que opinaram que o melhor a se fazer neste momento é se desfazer do ativo: 61% contra 10%, respectivamente. Os demais - 29% - posicionaram-se a favor da manutenção das posições atuais, evitando os riscos de envolver-se em negociações em um momento de alta volatilidade do mercado.
Bolha?
Bolha ou não? O velho questionamento sobre a natureza especulativa do mercado de criptomoedas, segundo o qual trata-se de uma grande bolha que eventualmente virá a estourar em algum momento no futuro, também foi apresentado aos participantes do estudo.
Enquanto 58% respondeu que não, trata-se de um mercado em consolidação, mas ainda assim com fundamentos robustos e um horizonte de longo prazo favorável, 30% acatou a perspectiva de que se trata, sim, de uma bolha prestes a estourar, ponderando, no entanto, que alguns poucos criptoativos poderão sobreviver ao colapso do mercado.
Esta é a opinião de John Stefanidis, CEO da Balthazar, uma plataforma de games NFT:
“Como qualquer indústria, há vencedores e perdedores. Naturalmente, estamos vendo muitas grandes ideias que não serão executadas corretamente, combinadas com muito dinheiro investido. Isso pode dar origem a uma “bolha”. No entanto, com o tempo, estamos começando a ver empresas de criptomoedas agregando um valor tremendo e melhores soluções.”
Lee Smales, professor associado da Universidade da Austrália Ocidental, que vislumbra o Bitcoin recuando para patamares inferiores a US$ 1.000 no longo prazo, tem opinião semelhante:
"Vai ficar cada vez mais difícil vender para o ‘tolo maior’ e os preços cairão acentuadamente. Isso não quer dizer que as criptomoedas não tenham valor ou utilidade, apenas que passamos do limite."
BTC no médio e longo prazos
Além de uma perspectiva de curto prazo, os entrevistados foram questionado sobre suas perspectivas de preço do Bitcoin no médio e longo prazos. O otimismo ainda prevalece, mas já foi maior, indicaram as respostas dos entrevistados.
O estudo prevê que o BTC chegue a US$192.800 até o final de 2025, antes de disparar para US$ 406.400 até o final de 2030. Os números representam uma valorização significativa em relação ao preço atual, mas representam uma baixa em relação às previsões feitas no relatório publicado pela Finder em outubro:
Agora, a estimativa do preço médio do Bitcoin ficou em US$192.800, 7% abaixo da média prevista no último relatório. O preço médio de US$406.400 estimado para o final de 2030 é 28% inferior ao da previsão dos entrevistasdos em outubro.
Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, o Bitcoin aparentemente rompeu a tendência de baixa na qual vinha operando desde dezembro e ensaia uma retomada de topos mais altos a partir do suporte de US$ 40.000.
Fonte: Cointelegraph
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